A Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Campus de Crateús, assumiu protagonismo na consolidação da Rede dos Ecossistemas de Inovação do Ceará ao sediar, no dia 8 de agosto de 2025, a solenidade de criação do primeiro Comitê Regional do estado. O evento, realizado no auditório do campus, marca o início da implantação dos 12 comitês regionais aprovados pelo Comitê Estadual e representa um passo decisivo para o fortalecimento da inovação e do desenvolvimento sustentável na região.

O Comitê Regional do Poty Valley, composto por 34 membros, será presidido pelo professor Sandro Vagner, diretor da UFC Crateús, e terá como secretário o empreendedor Gramsci Mota. Essa liderança reafirma o papel estratégico da Universidade como articuladora entre poder público, setor produtivo, academia e sociedade civil, conectando atores e criando condições para o surgimento de parcerias estratégicas e iniciativas transformadoras.

A presença da UFC como sede e liderança do comitê fortalece o vínculo entre pesquisa, inovação e desenvolvimento regional. O campus contribui não apenas com infraestrutura e conhecimento técnico-científico, mas também com a formação de profissionais preparados para atender às demandas de um ecossistema cada vez mais dinâmico e competitivo. Ao impulsionar a integração entre diferentes setores, a UFC Crateús coloca a inovação no centro da agenda de desenvolvimento local.

Com Crateús abrindo caminho, outros municípios cearenses já se mobilizam para instalar seus comitês regionais. Essa conquista, coordenada pela UFC, simboliza o compromisso da região com um futuro mais inovador, sustentável e inclusivo, inspirando novas iniciativas e consolidando o interior do Ceará como pólo emergente de empreendedorismo e tecnologia.

Relato do Alcimar Parente (Representante do SEBRAE) sobre Ecossistema de Inovação

O Ecossistema Poty Valley foi lançado no início do ano passado, então já é um movimento que se aproxima de um ano e meio para dois anos de existência. Durante esse período, procuramos realizar um movimento de animação aqui na nossa região, nos 13 municípios do território dos Sertões de Crateús, voltado para a pauta da inovação.

Mas afinal, o que é o Poty Valley? É o ecossistema local de inovação da região do Sertão de Crateús. Dentro dele, estão conectados os mais diversos atores que compartilham a pauta da inovação: Sebrae, UFC, IFCE, UECE, instituições financeiras como Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, instituições de classe como associações comerciais, jovens com startups e projetos inovadores, e empresários tradicionais que buscam nas startups soluções para seus problemas, demandas e desafios do dia a dia. O ecossistema, como o próprio nome sugere, é um ambiente onde todos esses atores se encontram, incluindo o poder público, representado por diversos municípios. A maioria das cidades possui representação e cadeira no Comitê do Poty Valley, geralmente por meio de suas secretarias — em alguns casos a Secretaria de Educação, em outros a de Desenvolvimento Econômico. Também há envolvimento das escolas profissionalizantes (EPs) de quase todos os municípios. Ou seja, é muita gente e muitos atores engajados nesse processo em prol da inovação.

Dentro do ecossistema, discutimos todos os assuntos pertinentes à inovação: startups, eventos de inovação, leis de inovação, maratonas de empreendedorismo, hackathons. E mais do que discutir, nós agimos: discutimos e encaminhamos ações. É um movimento voltado para o fortalecimento da inovação na nossa região. No dia 8 de agosto, tivemos a institucionalização e formalização desse movimento por meio da criação do Comitê. E o que é o Comitê? É a instância de governança, onde autoridades e representantes têm assento no comitê gestor do ecossistema de inovação. Desde o início, o nosso braço direito — o braço direito do Sebrae nesse movimento — tem sido a UFC Campus Crateús. Por isso, foi mais do que justo e digno que a UFC assumisse a presidência do Comitê, na pessoa do professor Sandro Vagner. A secretaria ficou a cargo do empresário da iniciativa privada, Dr. Gramsci Mota.

Esse movimento, que começou no início do ano passado, vem ganhando força e se consolidando. Com a criação do Comitê, passamos a trabalhar de forma mais estruturada, com uma governança definida. Agora o Comitê vai se reunir, definir calendários, pautas e assuntos a serem tratados. Outro ponto importante é que, nas próximas reuniões, iremos formar os Grupos de Trabalho (GTs) dentro do Comitê. Oficialmente, o Comitê foi formado por 34 cadeiras, mas ele é dinâmico e aberto para que outras instituições participem do movimento do ecossistema, mesmo sem ocupar uma cadeira formal. O Comitê representa a governança, mas o ecossistema é muito maior.

Dentro dos próximos passos, vamos estruturar GTs para trabalhar temáticas específicas de inovação. Por exemplo: um grupo para tratar de startups, outro para questões legais relacionadas à inovação, outro para projetos das instituições de ensino superior e outro voltado a soluções para o setor público. Seguiremos avançando com essa agenda e fortalecendo, cada vez mais, o Poty Valley como um motor de desenvolvimento e inovação para a nossa região.